27/08/2012

Programação no Spectrum (e mais tarde no PC)

Após mais de um ano sem puxar pelas minha memórias, aqui fica um post sobre como comecei a programar...

O meu gosto pela programação começou mesmo antes de eu saber o que era... Aliás, só cerca de 4 anos depois é que eu me apercebi que tinha programado no Spectrum.

Explicando desde o ínicio...

Em 1988 ou 89 (tinha eu 8 anos), numa feira do livro em Rio Maior, encontro um livro que tinha na capa um spectrum. O livro chamava-se "O meu primeiro livro do ZX Spectrum" e obviamente que eu tinha de ter "aquilo", mesmo sem saber exatamente do que tratava o livro. A única coisa que eu percebi, era que o livro ensinava a fazer coisas no spectrum, além dos jogos.

Tratava-se de um livro de programação destinado a crianças (onde é que hoje em dia se vê uma coisa dessas). O livro (que ainda hoje é vivo) ensinava a tirar partido de todas as funções do Spectrum, começando pelas várias funções de cada tecla e acabando com noções de programação. O livro tinha dezenas de exemplos de pequenos programas, para vários fins.
É obvio que com 8 anos, eu não fazia a minima ideia do que estava a fazer, uma vez que apesar de se tratar de uma linguagem de alto nível, era em inglês. Assim, limitava-me a passar o que estava no livro para o computador.

Lembro-me especialmente de dois programas e do que eu pensei quando os pus a funcionar. Um deles é o típico exemplo de fazer aparecer no ecrã "Olá mundo", através do comando «PRINT "Olá Mundo"». Lembro-me de pensar "Porque será que tenho de escrever o PRINT? Para aparecer Olá Mundo no ecrã, bastava escrever "Olá mundo", sem "PRINT" nenhum... :) 
Outro programa do qual me lembro dos meus pensamentos, era um programa que perguntava algo do género "Qual a letra que falta em _NA, para escrever o nome de uma pessoa?". Depois era suposto introduzirmos uma letra, que iria gerar um feedback do programa, que poderia ser algo como "Muito bem, a letra que faltava era A, para fazer o nome ANA".
Depois de eu escrever o programa todo, achava mágico que o computador soubesse a resposta, não me apercebendo que tinha sido eu mesmo a escrever a resposta e as várias alternativas de feedback...

Enfim, passei muitas horas a experimentar as dezenas de programas que estavam no livro.

Anos depois, quando já andava no 8º ano (1992), em conjunto com dois colegas de turma (o Pedro Guiomar e o Nuno) metemos na cabeça que íamos fazer um jogo de computador como o "Elifoot" (uma espécie de Championship Manager, da pré-história, feito por um portuga, e que nós jogámos até mais não). O Pedro tinha umas luzes de programação (Basic e Cobol)... Foi quando o vi a programar em Basic (a mesma linguagem de programação do Spectrum) é que se fez um clique. Aquilo que ele estava a escrever, era aquilo que eu tinha feito no meu Spectrum, anos antes. Aí, todos os PRINT; INPUT, RUN, GOTO e GOSUB fizeram sentido. Voltei a pegar no velhinho livro do Spectrum e comecei logo a mexer no QBASIC no PC.

Em relação ao tal jogo que queríamos fazer, tá na cara que praticamente nem começámos, uma vez que dedicávamos mais tempo a jogar do que a produzir lol...

Eu próprio, no PC, acabei por nunca fazer nada (de jeito) até ao fim. O que mais se aproximou, foi um jogo em texto, baseado num daqueles livros de aventuras que se jogam com papel e dados e no qual podemos fazer escolhas, para decidir o rumo da história.
O livro é precisamente o que se vê na imagem (de todos os que tinha, era o meu preferido).

Basicamente, transcrevia o texto do livro para o PC (à unha), e automatizava os processos em que eram necessários os dados (gerando números aleatórios). Além desse automatismo, eram apresentados no ecrã os dados do personagem (vida, força, sorte, etc.), bem como um inventário dos objetos recolhidos...

Não é para me gabar, mas estava mesmo muito bom e era muito mais divertido e rápido do que jogando com o livro, uma vez que após as decisões serem feitas, não precisamos de desfolhar o livro para ir para a próxima parte (e o mais importante de tudo, não era possível fazer batota, como por exemplo, recuar na história).
Porque não o acabei? Muito simples, porque o disco foi à vida, e com ele, tudo o que lá estava guardado (aprendi cedo a importância dos backups).
Por causa de ter perdido tanto tempo naquilo, nunca voltei a ter coragem de refazer.

Na prática o jogo estava feito, só faltavam mesmo os textos todos. Hoje em dia com um scanner e o reconhecimento OCR, aquilo tinha sido feito num instante... Qualquer dia, perco a cabeça e faço o jogo... lol.

Existem mais memórias que envolvem programação, mas essas ficam para outra altura... Com o ritmo a que tenho postado, talvez para 2024... lol

08/04/2011

As salas de Jogos


As minhas memórias relacionadas com salas de jogos começam em 1985 (aos meus 5 anos).

Lembro-me de ir a uma sala de jogos que existia em Rio Maior (da qual não me lembro do nome). Situava-se na Praça da República, no espaço que foi ocupado mais tarde pela pastelaria "Katekero" e hoje é a pastelaria "O Diamante".


Eu sei que só se podia frequentar salas de jogos com 16 anos, mas quem é que ia achar que uma criança de 4 ou 5 anos estaria sozinha :)

Tenho 2 memórias muito claras de situações que ocorreram naquela sala de jogos.
A primeira foi uma situação em que eu estava a jogar dentro de uma máquina com um jogo de carros (ver imagem).


Estava eu a jogar muito descansado, até que chegam 2 tipos, sendo que um deles me diz "Oh puto, sai daí que eu vou jogar". Aí, o outro tipo alerta o colega, dizendo-lhe que eu estava mesmo a jogar, pelo que o primeiro enfia a cabeça dentro do cockpit e diz "Olha, pois está"...

A 2ª memória que tenho é uma noite em que não tinha moedas para jogar e à porta da sala de jogos, vejo o marido da minha Madrinha a passar. Eu aproximo-me dele e digo "Oh Zé, era mesmo de ti que precisava... Tens uma moeda de 5 escudos?". As crianças conseguem ser tão adoráveis... LOL

... É verdade, para jogar bastava uma moeda de 5 escudos.

Fica aqui um vídeo do jogo que falei em cima (chamado "Pole Position")



Além dessas mais remotas, as memórias que tenho de salas de jogos prolongam-se ao longo dos anos entre 1985 e 1996, sendo que a partir daí como já me era permitido estar lá dentro, aquilo perdeu um bocado da magia :).

Vamos então ver outros momentos marcantes...

Os mais importantes foram as minhas visitas (quase diárias) à sala de jogos "Arco-Íris" (mais ao menos a partir dos meu 10 anos), na qual apenas me atrevia a entrar nos primeiros 2 metros da sala. Mais do que isso, arriscava-me a ser expulso. Nesses 2 metros eu limitava-me a ver os outros jogar vezes sem conta, sem nunca lá meter uma única moedinha. O que era engraçado era que devido ao facto de eu ver muita gente diferente a jogar, eu ia apanhando os truques dos vários jogos e até conseguia explicar a alguns jogadores, o que deveriam fazer...



Também nessa sala de jogos, houve aquelas situações em que fui apanhado dentro da sala de jogos pela GNR (dentro daqueles 2 metros). Em ambas as situações bastou eles perguntarem "quem é o teu pai", para eu me borrar todo.

Outra das memórias marcantes referem-se ao jogo Street Fighter 2.
A primeira vez que o vi foi na Feira Agricola em Santarém (por volta de 1990), numa daquelas barracas onde havia uma espécie de sala de jogos (e onde ninguém me expulsava lol).
Apesar de não estar ninguém a jogar, alguma coisa me chamou a atenção naquele jogo (nem imaginava que aquele era o jogo que viria a ser considerado por muitos, o melhor jogo de arcade de todos os tempos). Fiquei vidrado a ver a apresentação do jogo e a demo em que ambos os personagens eram controlados pelo computador. Naquele tempo todo em que eu lá estive, não houve uma única pessoa que jogasse (cambada de imbecis... E eu sem dinheiro para gastar).
Enfim, limitei-me a ver a demonstração em que vi os combates (Ryu VS Ken, Chun Li VS Honda, Zangief VS Dhalsim e Guile VS Blanka) várias vezes. Maravilhoso...
Após algum tempo o jogo apareceu na sala de jogos em Rio Maior e para minha felicidade era a primeira máquina, logo junto à porta.
Este jogo ensinou-me muitas coisas, sendo uma delas o que me levou a seguir a carreira de professor... Esquisito, não é? Mas eu explico... Durante cerca de 2 anos vi centenas de pessoas a jogar, apesar de eu nunca ter jogado. Isto ensinou-me muito acerca dos processos de aprendizagem. A maioria dos jogadores usava o método da tentativa e erro (iam evoluindo lentamente à medida que iam jogando) e outros o da força bruta (iam gastando dinheiro até conseguirem avançar). E eu sem gastar nada ia aprendendo o que era necessário para chegar ao fim sem nunca praticar). Ainda hoje eu digo aos meus alunos "Vejam primeiro como se faz e tentem fazer depois" e uma das minhas frases preferidas é "Vê e aprende"...
A verdade é que quando eu finalmente joguei o jogo pela primeira vez, gastei apenas 3 tentativas (100 escudos = 3 créditos) para chegar ao fim do jogo a primeira vez (sem usar Continues, uma vez que eu preferia recomeçar do ínicio).



A última das 3 memórias mais marcantes eram as máquinas de jogos que existiam na praia da consolação (onde eu passava a maioria das férias). Nessa localidade existiam dezenas de cafés que tinham 1 ou 2 máquinas de jogos (e onde ninguém me mandava para a rua).
O que me lembro dessa época era os kilometros que eu fazia para ver alguém jogar nessas máquinas (sempre gostei tanto de ver como de jogar).
Fazia nas calmas 5 kms a percorrer as "capelinhas todas" :)
Uma paragem obrigatória era o "Forte" que podem ver na parte de baixo da foto...

Neste forte, apesar de existirem apenas 2 máquinas, renovavam os jogos várias vezes, aqueles de que me lembro melhor foram "Out Run", "Chase Head Quarters", "TMNT" e "Aliens".

23/12/2010

Os primeiros "toques" no meu ZX Spectrum

Ao longo dos anos joguei muitos jogos para Spectrum. Comecei a jogar em 1987 e arrumei o computador em 1991.

Para jogar pela primeira vez no meu 48k, tive de sofrer um bocadinho. Penso que só joguei uma semana depois dos meus pais mo terem oferecido. O computador já trazia uma cassete com 14 pequenos jogos (ver foto em baixo), mas não trazia gravador. Só o comprei após alguns dias e não sei porquê, na altura não tentei jogar. Encontrei o gravador há uns tempos no sotão da casa da minha mãe junto às cassetes (com algum pó como se vê pela fotografia).




Já agora, vejam o vídeo do teste do gravador e da cassete em http://www.facebook.com/video/video.php?v=1720364285614





A estreia foi deixada para alguns dias depois quando fui passar uma semana de férias na praia da consolação, com os meus tios e o meu primo Diogo. Como o meu primo Diogo já tinha mexido no computador dum vizinho dele, estava descansado pois achava que era desta que o computador era estreado. Não foi bem assim...


No sábado de manhã, ligámos os cabos à televisão e ao gravador, sintonizámos a televisão e pusemos a cassete dentro do gravador.
Tudo parecia bem, pois já víamos na televisão o ecrã de "boas-vindas" do 48k (à esquerda).



O pior veio a seguir, pois não sabiamos o que fazer.

Como não sabiamos que era necessário escrever Load "", tentamos carregar simplesmente no play do gravador e esperámos para ver se acontecia alguma coisa. Como é obvio o melhor que conseguimos fazer foi ouvir o som irritante que vinha do gravador. Experimentámos tudo o que estava ao nosso alcance (rebobinar cassete, verificar cabos, etc), mas nada funcionou. Quando a minha tia já se começava a chatear de nos dizer tanta vez para irmos almoçar (e de nós respondermos "já vamos"), aconteceu algo novo... O monitor ficou todo às cores a piscar. Ficámos todos contentes, mas depressa chegamos à conclusão que aquilo se deveu apenas ao facto do cabo que ligava o computador à televisão ter sido mexido.

Nesse Sábado como o óbvio não se conseguiu fazer nada daquele "bicho" :(

Felizmente no dia seguinte resolveu-se o problema... O tal vizinho do meu primo foi fazer uma visita e explicou como se punha aquilo a funcionar (Load "")... E fez-se magia.

A única cassete que tinhamos era a que se vê na imagem em cima. Era uma cassete de uma revista que continha 14 programas (a maioria jogos).

Ao contrario de um jogo normal, aqueles até carregavam depressa. Apesar de serem jogos simples, olhando para trás, lembro-me de serem (na maioria) bastante interessantes e divertidos.

E passou-se a semana toda a jogar... Intercalando jogatina e praia... :)

No meu post anterior, esqueci-me de deixar um link para uma página que permite jogar on-line a maioria dos jogos da altura. Visitem o site http://www.zxspectrum.net/ (é espectacular).

17/06/2010

O primeiro contacto com os PCs

O meu primeiro contacto com um PC foi mais ou menos na mesma altura que me compraram o ZX Spectrum (aos meus 7 ou 8 anos).
Na prática, este contacto era apenas com os jogos de PC :).

Um amigo do meu pai tinha uma empresa de contabilidade (ver foto do local). Como eu gostava muito de computadores, ele convidou-me para passar lá algumas tardes. Ficou combinado ir lá todas as terças-feiras à tarde.




Já não sei durante quanto tempo é que lá fui, mas penso que deve ter sido regularmente durante vários meses, apesar de ter feitos mais visitas ao longo dos anos seguintes.

Na altura, não tinha bem a noção, mas eu devia ter dado muito trabalho a quem lá trabalhava. Como nessa época ainda não tinham inventado os Sistemas Operativos simpáticos que existem hoje e como eu nem sabia o que era o DOS, quando já estava "farto" de um jogo, pedia a alguém (interrompendo o seu trabalho) para me pôr outro jogo.

Apesar de ter jogado muitos jogos, não me lembro de todos...

Aqueles de que me lembro eram o "Sim City", "Titus the fox", "Solitaire" (versão DOS, sem rato :)), "Paratrooper", "slalom". Em baixo ficam alguns videos desses jogos.





E assim se passaram muitas tardes...

11/10/2009

O meu primeiro computador (ZX Spectrum 48K)


Foi mais ou menos por volta dos meus 7 ou 8 anos (1987-88) que tive o meu primeiro computador. Nada mais nada menos que o brutal ZX Spectrum 48K. Na verdade nem sei bem por que mo deram, porque na realidade nunca "chateei" o papá e a mamã para mo darem...
É claro que não me fiz rogado, já que sabia que aquilo dava para jogar (já tinha visto algumas vezes este computador em casa de amigos do meu irmão mais velho).

Para quem não conhece esta máquina, os seus programas (jogos) vinham em cassetes e no caso do 48 k, tinha de comprar
um leitor de cassetes à parte (um leitor de cassetes normal, não era nada especifico para computador).

Podem ver uma imagem de um jogo em cassete (ainda hoje tenho este mesmo jogo). Imagem da cassete à direita e do jogo em baixo.















Vou resumir o que tinha de se fazer para jogar:
  • Ligar o computador à televisão (sintonizar para a frequência certa, caso fosse a primeira vez)
  • Ligar o leitor de cassetes ao computador
  • Por a cassete no leitor
  • Ligar o computador
  • Escrever LOAD ""
  • Esperar até o jogo começar (muito...)
Vejam um vídeo do carregamento de um programa (Neste caso é num 128 k, que era um computador mais avançado, tendo um leitor de cassetes incorporado e uma opção para fazer o load de jogos sem escrever LOAD ""). Como poderão ver o tempo de espera para o jogo carregar e o som do próprio carregamento punham qualquer um de nervos em franja (vejam a sensação de velocidade do carro a 300 KM/h :) )


Já agora, vejam também exemplos de vários jogos no spectrum. Os meus favoritos eram o "Bomber Jack", "Chuckie Egg" e as "Tartarugas Ninja".

26/08/2009

Os mini jogos electrónicos

Enquanto não apareceu nada mais avançado, diverti-me (e muito) com mini jogos electrónicos, que a minha mãe (muito raramente) comprava no mercado, numas bancas de chineses ou indianos :).

Lembro-me de jogar este tipos de jogos entre os meus 6 e 12 anos.

Os jogos que tive (apenas me lembro de 3) eram do mais básico que havia. Tinha um visor pequeno com dois botões de direcção (uma para a esquerda e outro para a direita), um botão para começar e outro para escolher a velocidade do jogo.

A imagem que podem ver aqui é a de um jogo parecido (Game & Watch), apesar dos meus serem apenas uma espécie de imitação barata (mas igualmente divertido).

O jogo a que joguei mais foi sem dúvida o de Ténis, em que controlava um jogador na parte de baixo do ecrã enquanto iam caindo vária bolas que tinha de ser apanhadas (à 3ª falha era "Game Over").

Outro jogo era de carros em que tinha de me desviar dos carros que vinham de cima (exactamente igual ao de ténis, mas com o objectivo de desviar em vez de apanhar).

Grande parte dos jogos vendidos eram semelhantes aos que tinha. A única diferença era o aspecto dos bonecos.

Havia outros tipos de jogos electrónicos mais avançados.

O meu irmão tinha um ligeiramente mis avançado, que consistia num tanque que tinha de destruir aviões. Neste, em vez de apenas escolher-mos a direcção, também podíamos disparar :).

Outros jogos eram os Game & Watch e os Tiger (que apareceram em força mais tarde). Infelizmente, estes não eram para todos, uma vez que eram bastante mais caros.

Felizmente havia sempre algum amigo com um destes (que normalmente alguém lhes tinha trazido do estrangeiro) e que me deixava experimentar um bocadinho.

Os Game & Watch eram bastante interessantes e normalmente eram constituido por múltiplos ecrãs (semelhante às actuais Nintendo DS)

Os Tiguer para a altura em que joguei até nem eram nada de especial, mas tinham a vantagem de utilizar títulos conhecidos (como por exemplo "Guerra das estrelas" e "Street Fighter").




Como tudo começou...

Desde que me lembro, sempre fui um aficcionado por tudo o que se assemelha com computadores ou outros dispositivos electrónicos...

Desde os mini jogos electrónicos vendidos no mercado até às consolas de última geração, gastei milhares de horas de puro entretenimento...

Nesta primeira entrada no blog, vou relatar a primeira situação de que me lembro acerca de computadores que me fez ver (e aos meus pais) a influência que eles tinham sobre mim.

Corria o ano de 1984 (mais ano, menos ano), tinha eu 4 anos e os meus pais levaram-me a uma exposição qualquer na antiga FIL em Lisboa.
Mal entramos, deparámo-nos com umas máquinas que eram utilizadas para recolher opiniões dos visitantes. Eram computadores em que os utilizadores iam respondendo a perguntas de escolha múltipla com o auxilio de uma caneta optica, utilizada para marcar as respostas (como fazem hoje nos bares com os dedos).

Obviamente que naquela altura, era algo altamente avançado, especialmente para alguém de 4 anos que nunca tinha estado perto de um computador :).

Quando eu vi aquelas "maravilhas" fiquei estático a contemplá-las, esquecendo tudo o que se passava à minha volta.

Nota: Desde muito pequeno que sempre tive a mania de "desaparecer" da vista dos meus pais... Aquela vez não foi excepção...

No meio daquelas centenas ou milhares de pessoas, foi fácil perder-me... :)

Quem já foi a exposições do género, já deve ter ouvido aqueles anúncios que ecoam por essas salas de exposições que dizem algo como "procura-se criança perdida... bla bla".
Naquela situação não serviu de nada, pois a minha ideia foi sair dali e voltar para o carro (que se encontrava a cerca de 2 km do local).

E o resto é história que não interessa...

E foi assim que me perdi por estas máquinas...